Orquídeas Garden

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Não sabia como descrever o que pretendia com este blog. Contudo, com a simplicidade das suas palavras, alguém o conseguiu: «Ninguém é obrigado a partilhar sentimentos... pensamentos, emoções... chamar a atenção para a vida, para o que é importante ou não... nem tem de nos orientar, ou tentar mostrar-nos outras perspectivas da vida... Mas há quem fale de si e dos seus sentimentos... e das suas perspectivas da vida... Então aproveite quem quiser...»(O Último Padrinho)

Resultado do Desafio ao Leitor


O que é o Amor?
Como se traduz?


O Amor sendo um tema complexo torna-se difícil na expressão sobre o mesmo, «nem toda a gente tem facilidade em mostrar que ama outra pessoa» (Protrunks) ou em falar de Amor «Lamento não postar nada sobre o tema mas, de momento, eu não consigo exprimir-me muito bem acerca dele. Quem sabe um dia destes...» (Último Padrinho).


Contudo existem pessoas que tentam e que arriscam. A partir dos comentérios de quem tentou e arriscou dizer o que é o Amor aqui fica a resposta às perguntas iniciais.

Segundo a leitora Joana Capitão, o Amor é um sentimento universal muito além do amor romântico. Distingue três tipos de Amor:


  • O amor incondicional: sente-se pelos amigos e pela família;


  • O amor romântico: constitui-se pelo "amor" que se sente pela "cara metade". É mais passageiro, débil, sujeito aos caprichos da paixão, é um amor apaixonado;


  • O amor pelo próximo: traduz-se por compaixão e opõe-se ao ódio e à indiferença.

Deprende-se daqui que o Amor é a base de todas as relações. Consoante o tipo de relação o Amor assume forma e importância e pode então definir-se e enquadrar-se em tipologias. Contudo os sentimentos são mutáveis e o tipo de Amor que hoje sentimos por uma pessoa pode não ser o mesmo que sentiremos daí a uns tempos. Ou seja, o "amor incondicional" que sentimos por um amigo(a) pode tornar-se num "amor romântico", caso surja uma paixão. No entanto pode também tornar-se num "amor pelo próximo", caso exista um conflito que leve à quebra da relação previamente existente.
No primeiro caso, na passagem do "amor incondicional" ao "amor romântico", o Amor passa a ser um «sentimento que consegue fazer com que as pessoas elouqueçam e fiquem totalmente baralhadas sem saber o que têm de fazer ou não!» (Anónimo, 6:30PM), torna-se numa «mistura enigmática de sensações e sentimentos, é um formigueiro que se sente quando se está perto da pessoa que se ama» (mbc?).
Anónimo (4:41PM) diz que Amor é uma palavra linda e um lindo sentimento. Este leitor é autor de uma declaração de amor tresloucada (que espero ter produzido o resultado desejado) na inclui um excerto de um soneto de Camões,

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem-querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder."

Outros leitores definiram Amor como angústia, receio, desilusão, brusquidão (Anónimo, 6:30PM), intemporal, eterno, omnipresente, capaz de ultrapassar todas as barreiras, capaz de vencer tudo e todos (Protrunks).
Protrunks defende que o Amor se traduz em lealdade, fidelidade e união; eu acrescento confiança. Acredito que se numa relação de "amor romântico" existirem estes quatro elos, há a forte possibilidade de a relação ser duradoura e ter tudo para dar certo.
O mesmo leitor diz ainda que para o amor ("amor romântico") narcer basta um olhar, um beijo, um sorriso, um carinho. Chamo aqui a atenção para o facto deste leitor fazer alusão à importância dos sentidos no nascer do amor.
O olhar, só por si, pode transmitir amor, carinho, segurança, tranquilidade, sensualidade, pode mostrar o melhor e o pior do nosso ser - mostra a nossa alma.
Um beijo pode transmitir amor, paixão, sensualidade... um único beijo pode marcar-nos para ser sempre. Pode ser único, irrepetível, memorável e ficar para sempre guardado no sitio que guarda o melhor de nós, o coração.
Um sorriso, para além de transmitir alegria e felicidade, transmite união através da cumplicidade que um simples sorriso pode traduzir.
Carinho, a importância do toque, do contacto directo com a pessoa que se ama. Traduz a necessidade de mimar e ser mimado(a).
Amor (romântico), em suma, «É um castelo que se constrói em conjunto, pedrinha a pedrinha, juntamo-nos com outra pessoa e construímos algo só nosso. Às vezes pensamos viver numa fortaleza, mas basta vir uma rajada de vento que nos leva a moradia que julgávamos ser de pedra, mas era uma cabana de palha. Por outras vezes somos confrontados com ataques e o nosso castelo que julgávamos incompleto e que não resistiria a coisa alguma, mantem-se firme. Inabalável!» (Protrunks)



"Não se ama *porque*. Ama-se *apesar de*."